Revista É Ribatejo
Notícias

Final do Troféu Ribatejo 

 

Final do Troféu Ribatejo reúne quase uma centena de atletas em São Vicente do Paúl

Foi o culminar de um ano de treinos, dedicação e expectativa para os atletas na final do Campeonato Regional de Dança Desportiva, no passado domingo, no Pavilhão Gimnodesportivo Ricardo da Costa, em São Vicente do Paúl.

As nove escolas da Associação de Dança Desportiva de Santarém (ADDS), já com 34 anos, mobilizaram atletas, professores e famílias, enchendo bancadas e mesas para convidados numa tarde que se prolongou pela noite.

Competiram 92 atletas, a solo ou a pares, nas disciplinas de Standard e Latinas. No final, foram entregues medalhas e taças às nove escolas. Este ano, com a nova direção da ADDS — empossada em abril — realizaram-se três etapas do Troféu Ribatejo, em Santarém, Entroncamento e São Vicente do Paúl, sendo esta última organizada pela Escola de Dança Desportiva do C.A.S. Vicentense.

Dos mais novos aos mais experientes, dentro e fora de pista, era visível o empenho dos participantes, que cuidavam de vestuário, cabelo e maquilhagem para brilhar perante o júri.

O glamour da dança de salão continua a atrair os jovens do distrito, mas existem desafios.
“A motivação existe, mas convencer os pais é o maior desafio. Muitos têm horários complicados e pouca flexibilidade para acompanhar treinos e competições. Isso limita o crescimento e a entrada de novos talentos”, afirma Helena Rei, presidente da ADDS.

Ana Gonçalves, mãe de uma atleta, confirma o esforço necessário: “Para nós, pais, é um grande compromisso — financeiro, logístico e emocional — mas compensa. A disciplina, concentração e desenvolvimento físico que a dança proporciona são muito valiosos. É importante haver apoio familiar constante.”

Luísa, a filha de Ana, começou a solo, como muitas meninas, já que a diferença entre atletas femininos e masculinos é grande. Helena Rei confirma que surgem cada vez menos rapazes na modalidade: “Os rapazes veem a dança como feminina e muitos têm receio ou vergonha de experimentar. Isso dificulta trazê-los para a modalidade.”

Dinis Ferreira, 16 anos, reconhece essa tendência, mas desafia-a. Com quase dez anos de experiência, explica: “Na dança há partes específicas para homem e mulher. O papel masculino é muito importante. Treinamos cerca de seis horas por semana, mas o mais importante é preparar-nos física e psicologicamente para mostrar o nosso melhor.”

A cada ronda, os atletas mostram o seu talento, mas nem todos chegam ao pódio. Alegria e tristeza fazem parte do processo. “Lidar com vitórias e derrotas faz parte. Hoje já não fico tão nervoso, mas lembro-me de quando era mais novo, transpirava antes de entrar em pista — eram só nervos. Agora estou habituado ao ambiente das competições”, recorda Dinis.

O convívio esteve garantido, sendo os campeonatos sempre um momento de encontro de famílias e amigos unidos pela dança. No desfile das escolas, os atletas exibiram orgulhosamente a bandeira de cada escola e já ansiavam pela próxima competição.

(Veja a entrevista completa à Presidente da Associação de Dança Desportiva de Santarém na próxima edição da revista.)

V.C.

Leave A Comment