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 51 anos da Escola Prática de Cavalaria

 

Exército Português assinala os 51 anos da Escola Prática de Cavalaria com homenagem e descerramento de placa comemorativa

Exército Português assinala os 51 anos da Escola Prática de Cavalaria
com homenagem e descerramento de placa comemorativa

Inserida no programa das comemorações do “Dia do Exército em
Santarém”, a cerimónia de evocação e homenagem à antiga Escola
Prática de Cavalaria de Santarém (EPC), realizou-se esta sexta-feira,
21 de outubro, pelas 18 horas, na Porta de Armas. No final da cerimónia
teve lugar o descerramento de uma placa comemorativa dos 51 anos da EPC
(1955-2006), com a inscrição “Daqui saíram alguns Heróis de
Portugal”.

Esta cerimónia contou com a participação, entre outros, de Ricardo
Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém (CMS), José
Nunes da Fonseca, Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), Joaquim
Neto, Presidente da Assembleia Municipal, João Leite, Vice-Presidente
da CMS, Nuno Russo, Diogo Gomes, Nuno Domingos e Carmen Antunes,
Vereadores da CMS.

Ricardo Gonçalves agradeceu ao Exército Português pela escolha de
Santarém para as suas comemorações em 2022 e enalteceu o papel da
Escola Prática de Cavalaria na estratégia da Defesa Nacional, bem como
na história de Santarém, sobretudo, na vivência dos scalabitanos com
os militares, oriundos de várias zonas de Portugal e que, muitos deles,
acabaram por se radicar na Cidade. O Presidente destacou ainda o papel
importante da EPC para a conquista da Democracia, com a Revolução do
25 de Abril, já que foi de Santarém que saiu a coluna militar liderada
pelo Capitão Salgueiro Maia rumo a Lisboa.

José Nunes da Fonseca começou para saudar o Presidente da CMS, pelo
sucesso da parceria na organização das comemorações do Dia do
Exército em Santarém. O Chefe do Estado-Maior do Exército destacou a
importância da EPC “esteve sediada em Santarém desde o ano de 1955
até 2006 onde, reconhecidamente, transmitiu um conjunto de valores
militares a diversas gerações de cavaleiros de todas as categorias,
cumprindo a sua missão ao longo de um excecional percurso histórico,
sabendo adaptar-se às sucessivas evoluções, mantendo sempre com
principal desígnio, a superior formação de quadros ao serviço do
Exército”.

A sessão contou ainda com a alocação de António Garcia Correia,
Coronel Tirocinado que fez de Oficial de Dia na EPC, por indicação do
Capitão Salgueiro Maia, na madrugada do 25 de Abril. O ex-militar fez
uma retrospetiva histórica da EPC, desde a sua origem “em 1890 em Vila
Viçosa, tendo sido transferida em 1902 para Torres Novas e em 1955 para
Santarém para as antigas instalações, ocupadas pelo Regimento de
Artilharia 6 e pelo regimento de Cavalaria 4. Em 2006 a EPC, é
transferida para Abrantes, ocupando as instalações do extinto
Regimento de Infantaria 2, tendo sido definitivamente desativada em
2013″.

Garcia Correia, como é conhecido, falou dos principais feitos da EPC na
participação dos seus militares em campanhas em África, os
exercícios na NATO, sem esquecer o problema da localização definitiva
da EPC e a sua transferência, em 1957, para as instalações do extinto
Convento da Trindade e parte do Convento de São Francisco em Santarém.
Falou ainda das alterações políticas nos territórios ultramarinos e
do início dos conflitos armados na década de 60 do séc. XX em Angola,
Guiné e Moçambique e o papel da Cavalaria no conflito com a ação de
unidades de reconhecimento. O papel da Cavalaria no 25 de abril de 1974,
bem como na resposta à missão que lhe era exigida, com destaque para a
preparação física, instrução de armamento, tiro e proteção
química e biológica, entre outras. Para terminar, destacou a EPC pela
função da formação dos instruendos nas várias especialidades de
Cavalaria, na deslocação de colunas militares, dos exercícios
militares, da simulação de exercícios com recurso a viaturas
blindadas e a armas de fogo”.

O Tenente-general Francisco Ferreira de Sousa, Diretor da Arma de
Cavalaria, fez uma abordagem histórica desde o tempo em que ingressou
na EPC, à experiência de montar a cavalo, com alguns episódios
humorísticos para descrever a dificuldade da relação entre o
cavaleiro e o animal, no que à disciplina diz respeito. Francisco
Ferreira de Sousa mostrou a dificuldade sentida na condução dos
cavalos, sobretudo na calçada das ruas da Cidade, onde não era fácil
travar, dizendo que por vezes eram próprios calcanhares o último
recurso para fazer parar o animal.

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