Dia 18 de maio é inaugurado O Museu Nacional Ferroviário
O Museu Nacional Ferroviário inaugura no próximo dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, no Entroncamento, estando aberto ao público no dia seguinte, 19 de maio.
Coincidindo com a inauguração, têm ainda início três exposições temporárias de arte contemporânea e uma de modelismo ferroviário.
Logo no domingo, dia 24 de maio, o Museu tem preparado um dia especial, dedicado à população do Entroncamento, mas todos os que queiram participar serão bem-vindos. O Museu estará aberto entre as 10:30h e as 21:00h e contará com atividades especiais durante todo o dia.
O novo Museu Nacional Ferroviário é um espaço de vivência coletiva, diálogo e partilha de saberes, que se abre a todos como um território de reflexão e experimentação de relações entre o património cultural e o papel histórico, simbólico e tecnológico do transporte ferroviário em Portugal. Este é um Museu de abrangência internacional, que ao contar a história do caminho de ferro em Portugal remete-nos para uma perspetiva singular da história da Europa e do Mundo. Técnica, arte e ciência cruzam-se com as narrativas das Sociedades, dos Grupos e dos Indivíduos.
O caminho de ferro que abriu novos territórios, criou cidades, ligou comunidades mais ou menos distantes, gerou e sustentou novas ofertas e necessidades, mudando a forma de viver e de ver o mundo, tem no seu ADN a transformação e a evolução. O novo Museu Nacional Ferroviário assume essa marca e quer-se em constante construção.
A motivação por detrás deste projeto é atingir os níveis de excelência dos melhores museus ferroviários da Europa, apostando num modelo de desenvolvimento social e cultural sustentado, aberto a todos os tipos de público e com uma programação apelativa, que responde a necessidades e expetativas diferenciadas. Também o discurso expositivo assume esse compromisso, sustido no uso inovador de tecnologias e sintonizado com os desenvolvimentos multimédia mais recentes.
O Museu, que gere um legado com mais de 150 anos, está instalado no Complexo Ferroviário do Entroncamento, numa área de 4,5 hectares que comporta 19 linhas ferroviárias. O cenário da exposição, totalmente ferroviário, merece só por si uma visita. A coleção, constituída por 36 000 objetos, de grandes e pequenas dimensões habita edifícios notáveis.
A viagem começa nos primórdios das locomotivas a vapor e abre uma janela para o transporte ferroviário do futuro, não esquecendo os tesouros nacionais como o Comboio Real ou o Comboio Presidencial Português. Um extraordinário conjunto de máquinas que trilharam os caminhos da história e peças raramente vistas ligadas ao universo ferroviário desafiam os visitantes a repetir a experiência de voltar ao Museu.
Para além da visita à exposição permanente, o MNF inaugura com três exposições de arte contemporânea que interpretam e reinventam o Património Ferroviário. Através dos olhares da P28, que apresenta a exposição temporária 9 Land / Site Specific Art, recriam-se peças ferroviárias que na sua génese foram concebidas para um propósito diferente. Junta-se a esta a exposição Algumas razões para uma arte não demissionária, promovida pela Escola Superior Artística do Porto e que explora os conceitos de Arte, Energia e Circulação. A terceira exposição consiste em documentos gráficos, em impressão digital, que reinterpreta a iconografia relacionada com a ferrovia. Estará ainda patente ao público uma exposição de modelismo ferroviário de composições portuguesas, organizada pelos Módulos do Norte.
Para completar a experiência, o MNF oferecerá uma programação variada até ao final do ano, que inclui Oficinas, Cinema e Visitas guiadas para todos. O MNF possui ainda áreas de descanso confortáveis, uma área exterior generosa, quadriciclos que o visitante poderá experimentar, um túnel de velocidade, experiências de realidade aumentada, entre outras ofertas. Entre a aventura do conhecimento e os desafios do lazer para todos, o difícil vai ser visitar o Museu só uma vez.
O projeto conta com o cofinanciamento do QREN – Programa Operacional Regional do Centro e também com o apoio financeiro do Turismo de Portugal, I.P., através do PIT – Programa de Intervenção do Turismo.