‘Do Bosque para o Mundo
‘Do Bosque para o Mundo’, uma peça de teatro para explicar aos mais novos a crise dos refugiados
A história de um rapaz afegão que procura refúgio na Europa é o ponto de partida da peça ‘Do bosque para o mundo’, que sobe ao palco do Teatro Sá da Bandeira no próximo dia 2 de dezembro, a partir das 14h30, numa sessão que tem como prioridade o público escolar, e que e tenta explicar aos mais novos o drama dos refugiados.
Escrita por Miguel Fragata, também encenador, e Inês Barahona, com produção da Formiga Atómica, do ‘Do Bosque para o Mundo’ foi o espetáculo de abertura da 72ª edição do Festival d’Avignon.
Conta a história de Farid, um rapaz afegão, de 12 anos, enviado pela mãe para a Europa, para um sítio seguro. A peça tenta explicar a crise dos refugiados às crianças, abordando histórias reais da atualidade onde se observam os limites da crueza do mundo, apresentando um confronto entre a dureza e a coragem. Através de Farid, sempre entre a vida e a morte, ‘Do Bosque para o Mundo’ “faz-nos olhar para a nossa própria história”, segundo a sinopse que realça ainda que “a sua história é verdadeira, é imaginada, impossível, fatual, terrível e poética. A história de Farid podia ser a de qualquer um de nós. Porque ninguém controla a forma como a nossa vida começa. Mas chega uma altura em que tomamos as nossas decisões. As nossas decisões também escrevem as histórias dos outros.”
Ao longo de 50 minutos, com interpretação de Anabela Almeida e de Manuela Pedroso, a peça questiona “se as crianças estariam preparadas, hoje, para o seu mundo. Se dos bosques da sua infância emergiriam os Lobos que os esperariam nas esquinas do seu futuro”.
Com esta produção, a Formiga Atómica, foca a situação de milhões de crianças refugiadas no mundo, mostrando o paradoxo em que “douramos as histórias da infância, enquanto lançamos crianças para travessias de terror. Era preciso falar sobre isso. Inspirámo-nos em relatos de crianças que atravessam, desprotegidas, uma mão cheia de países. E chegámos a Farid. Um rapaz afegão de 12 anos.”