Já começou a semana de Ascensão
A Chamusca inaugurou no passado dia 13 a maior festa do concelho. A cerimónia de abertura oficial decorreu pela 16h00 e contou com a presença do presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, com a ministra da Coesão Territorial Ana Abrunhosa, com o presidente da CCDR Alentejo António Ceia da Silva, com o vice-presidente da CCDR LVT José Alho, com o deputado pelo círculo de Santarém (PS), Francisco Dinis, assim como dos vereadores em funções no Município e dos autarcas das cinco freguesias do concelho, entre outros convidados presentes.
Antes da inauguração do certame foram descerradas as placas de inauguração de duas das zonas de Requalificação Urbana: a envolvente ao mercado Municipal e a envolvente à futura Casa das Artes, intervenções que têm vindo a ser desenvolvidos na Chamusca no âmbito do Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU). Os projetos no valor de mais de dois milhões de euros foram financiados no âmbito do projeto da mobilidade urbana sustentável de regeneração urbana.
No discurso de inauguração o presidente da Câmara Municipal da Chamusca falou mais uma vez sobre o problema da conclusão da A13/IC3 e dos constrangimentos causados pela falta de acessibilidades “ao nosso território, que nos impedem de sermos competitivos com os nossos vizinhos, tudo porque não temos uma autoestrada a passar a cinco ou 10 minutos da sede concelho ou da nossa zona industrial. Quando queremos captar novos investimentos para o nosso território a pergunta que nos fazem é sempre a mesma “para quando uma autoestrada?” e a nossa resposta também é sempre a mesma “não sabemos”. É claro que os investidores preferem outros concelhos, onde têm uma autoestrada à porta, em detrimento do nosso. Para além de todos estes constrangimentos não podemos esquecer também da questão da descarbonização, ambiental e de todas as questões de proteção à população”.
Referindo-se à grande festa que hoje se inaugurou o presidente sublinhou que “Nesta feira vamos mostrar como sempre o melhor que temos e fazemos no concelho. Para isso, contámos com o envolvimento de todas as juntas de freguesias, que nesta semana de Ascensão mostram os eventos que temos durante todo o ano, nas várias freguesias, e os diversos eventos temáticos que temos vindo a construir no concelho, com base nos nossos recursos endógenos. O envolvimento das associações, das IPSS e de outros parceiros também é muito importante para que o resultado final seja uma comunidade mais unida.”
O presidente da CCDR Alentejo, António Ceia da Silva, congratulou o Município pelas obras hoje inauguradas e por todas as que estão a decorrer e vão ter início muito em breve, sublinhando a sua importância para o desenvolvimento do território e para a captação de investimento e fixação de população, referindo que “isto só é possível se existirem boas acessibilidades, boas estruturas culturais e boas escolas, sublinhando que a autarquia da Chamusca tem feito um bom trabalho neste sentido, pela excelente visão estratégica do executivo.”
Ana Abrunhosa, dirigiu as primeiras palavras para o investimento e desenvolvimento que o Município tem feito no concelho na área da inovação social, frisando que a Chamusca é o maior investidor social na região do Alentejo e um dos maiores no país, e isso é uma clara aposta da autarquia na melhoria da qualidade de vida da população desde a infância à comunidade sénior. A ministra referiu que a inauguração desta feira mostra bem o empenho do Município na promoção do seu território, evocando as ricas tradições rurais e tauromáquicas da Chamusca que serve de montra aos seus produtos de excelência com particular destaque para produção agropecuária em forte expansão. “Sabemos que hoje se fala muito de inovação de setores tecnológicos, mas para que os territórios tenham desenvolvimento sustentável têm que preservar os seus setores tradicionais e procurar dinamizar e diversificar a sua base económica e social. Não há sustentabilidade nos territórios se aqueles que são os nossos setores tradicionais e aquelas que são as nossas raízes e tradições não forem valorizadas estimadas e continuadas. Creio que a Ascensão permite manter viva as tradições dos nossos antepassados, do nosso património religioso e cultural, permitindo também promover os produtos locais, gerar receitas e atrair públicos de várias partes do país, para que possamos fazer a promoção da economia local e valorizar os produtos endógenos do território e com isso dar orgulho àqueles que aqui vivem e trabalham. A Chamusca tem aproveitado os fundos europeus e só no âmbito dos projetos 2020, dos projetos aprovados, foram permitidos 30 milhões de euros de investimento na Chamusca tanto em projetos públicos como empresariais. Mas mais do que falar de milhões é falar do impacto destes fundos no território, basta olhar para o centro escolar e ver as melhores condições de trabalho e de estudo da comunidade escolar ou para excelentes condições do Mercado Municipal.”
Durante o seu discurso Ana Abrunhosa referiu que “Este território tal como outros no país continua a sofrer de perda de população e por isso temos de estancar essa perda e a melhor maneira de o fazermos é levar aqueles que cá vivem não sintam necessidade de sair, porque se sentirem enriquecidos e sentirem que é bom viver e trabalhar aqui também outros podem sentir que querem vir e trabalhar cá. Mas para isso é necessário resolver o problema da conclusão do IC3/A13. Vou daqui muito sensibilizada com este tema, pode não estar nas minhas mãos, mas fica o meu compromisso de não deixar esquecer o assunto. Nos dias de hoje esta situação não é aceitável é uma questão de respeito pela população e uma questão de justiça. Temos de tratar do projeto, porque sem projeto não há obra e é difícil encontrar fontes de financiamento. A Ministra deixou um repto a toda a população para “desassosseguem o governo e ergam a vossa voz, deixo o meu compromisso de acompanhar este assunto e de vir ao território as vezes que forem necessárias.”